se encontram nesta época”.
Em todos os momentos da história humana, os jovens foram a força motriz para que as revoluções pudessem ocorrer, seja na esfera política ou na mudança de valores. Os anos 60 guardam dentro de si uma explosão de juventude, influenciados pela Tropicália, pela luta contra a Ditadura, pela transformação dos valores vigentes em busca essencialmente de liberdade, para se expressar, para se vestir, para se comportar.
Como a jornalista Ana Maria Bahiana bem definiu em seu livro Almanaque dos anos 70, “As raízes das delícias e dos horrores do novo século se encontram nesta época”. A juventude contemporânea brasileira vive em um ambiente dos mais privilegiados quando o assunto é liberdade de expressão; MSN, Twitter, Orkut, Facebook e a égide opinativa do mundo virtual, os blogs. A inserção da tecnologia no cotidiano do século XXI mudou a forma de interagir com o mundo, política e amorosamente. Quantos casais modernos não se formaram diante de telas de LCD?
O tema Juventude e a forma com que se relacionam com o mundo vêm sendo explorado por sociólogos, jornalistas, intelectuais e cresce cada vez mais as opiniões, tanto positivas quanto negativas com relação ao legado deixado pelos anos 60 e 70. O diretor americano Gus Van Sant é um bom exemplo da luta por compreender uma geração. Elefante e Paranoid Park demonstram o interesse em avaliar até que ponto existe a tal alienação e individualidade imposta aos jovens dos últimos 20 anos e também revelam o quanto estes também podem ser criativos e ágeis para resolverem seus problemas.
É difícil avaliar uma época enquanto vivemos nela, mas é possível opinar com base nas experiências do passado. Por essa razão 5 personagens foram escolhidos para opinar a respeito do Brasil e da juventude contemporânea com base naquilo que viveram no ano de 1968. Cada um a seu modo diz o que acha da música, do comportamento, da tecnologia, do sexo e tantos outros temas. Um recorte da realidade que leva em conta os seus relatos e vivência.
Em breve publico ox textos.