2 de novembro de 2011

Keep Walking, Brazil

"No início dos tempos, na parte sul das Américas, habitava um gigante. Um dos poucos que andavam sobre a Terra. Gigante pela própria natureza, e sendo natureza ele próprio, era feito de rochas, terra e matas, que moldavam sua figura. Pássaros e bichos pousavam e viviam em seu corpo e rios corriam em suas veias. Era como um imenso pedaço de paisagem que andava e tinha vontade própria”.

Assim começa o texto criado pela Johnny Walker para a campanha Keep Walking Brazil, feita no Brasil pela primeira vez na história da marca. Criada pela Neogama/BBH, o filme enaltece o momento pelo qual passa a economia do país.

O parágrafo acima entre aspas é a primeira parte do texto intitulado Gigante Pela Própria Natureza, uma clara alusão ao hino brasileiro (hino este já eleito em enquetes internacionais o segundo mais bonito do mundo, perdendo apenas para a clássica A Marselhesa, hino francês).

Este é um sinal claro da importância que o Brasil ganhou no mundo a ponto das marcas, que antes produziam campanhas internacionais e as reproduziam no país sem qualquer traço regional, hoje deslocarem imensas quantias para desenvolverem propagandas exclusivas para o público brasileiro.

Não é à toa. O país conta com invejável perspectiva de crescimento por pelo menos 30 anos se baseada apenas na mão de obra disponível graças à sua população jovem. O Brasil deixou, já há muito tempo, a crise de outubro de 2008, vide o mercado imobiliário, que se encontra no patamar verificado no 3º trimestre de 2008.

O mercado brasileiro está tão cobiçado que a revista The Economist realizou em São Paulo seminário para discutir o crescimento do país. Enquanto os países desenvolvidos - Europa, Japão e Estados Unidos - mostram claros sinais de que não sabem como resolver a crise que assola suas economias, o Brasil precisa desacelerar seu crescimento e evitar que volte o velho fantasma da inflação. Todos os países do Norte adorariam estar no lugar do Brasil.


Abaixo, a continuação do texto Gigante Pela Própria Natureza.

‘“Caminhava com passadas vastas como vales e tinha a estatura de montanhas sobrepostas. Ao norte, em seu caminho, encontrava sol quente e brilhante nas quatro estações do ano. Ao sul, planaltos infindáveis. A oeste, planícies e terras cheias de diversidade. E a leste, quilômetros e quilômetros de praias onde o mar tocava a terra gentilmente, desde sempre. Havia também uma floresta como nenhuma outra no planeta. Tão grande, verde e viva que funcionava como o pulmão de todo o continente à sua volta.

Mesmo diante de tudo isso, um dia, enquanto caminhava, o gigante se inquietou. Parou então à beira-mar e ali, entre as águas quentes do Atlântico e uma porção de terra que subia em morros, deitou-se. E, deitado nesse berço esplêndido, olhou para o céu azul acima se perguntando: “O que me faz gigante?“.

Em seguida, imaginando respostas, caiu em sono profundo.Por eras, que para os gigantes são horas, ele dormiu. Seu corpo gigantesco estirado, o joelho dobrado formando um grande monte, uma rocha imensa denunciando seu torso titânico e a cabeça indizível, coberta de árvores e limo.

Dormiu até se tornar lenda no mundo. Uma lenda que dizia que o futuro pertencia ao gigante, mas que ele nunca acordaria e que o futuro seria para ele sempre isso: futuro.

No entanto, com o passar do tempo ficou claro que nem mesmo as lendas devem dizer “nunca”. Depois de muito sonhar com a pergunta sobre si, o gigante finalmente despertou com a resposta.

Acordou, ergueu-se sobre a terra da qual era parte e ficou de frente para o horizonte. Tirou então um dos pés do chão e, adentrando o mar, deu um primeiro passo. Um passo decidido em direção ao mundo lá fora para encontrar seu destino. Agora sabendo que o que o faz um gigante não é seu tamanho, mas o tamanho dos passos que dá”’.

Assista ao vídeo:


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