21 de agosto de 2009

Sir J. Sarney reconquista o condado de Brasília

Não adianta falar de metrô, música e contos de fada por que o maior conto de fadas acontece aqui mesmo em Brazilianland, no setentrional condado de Brasília. Não há como fingir que o assunto não existe. Sir J. Sarney mais uma vez conseguiu sair ileso no final desse capítulo (espero que não seja o fim da história). Junto com toda a trupe dos 40 ladrões, Sir J. Sarney teve todas as acusações que pesavam sobre a sua pessoa retiradas.

Uma coisa tenho que dizer: não há patriarca melhor que ele. Preocupa-se com sua família e com os amigos e namorados/as daqueles que o rodeiam. Sempre disposto a oferecer sua ajuda com um serviço aos seus súditos de sangue. É daqueles condes que, com maestria, perpetuam-se, fazem de seus feitos um legado a ser lembrado e, mesmo que não peça, recebe a gratidão daqueles beneficiados outrora por seus atos. O intelectual Sir J. Sarney sabe o momento exato de sair de cena, assim como sabe o momento exato de mudar o jogo político do seu condado e daqueles cincurdantes, para continuar a perpertuar o próprio reinado.

O colunista, escritor, político e excelentíssimo patriarca da estirpe azul dos Sarney é loquaz orador, brinca com frases de efeito e não possui ar arrogante - muito embora aqueles que já tiveram o (des)prazer de conviver algum tempo com a honrosa figura insinuem o contrário.



Há dias um súdito audaz Sr. Pedro Simon pediu que renunciasse, não obstante, um defenestrado outrora Sir Renan Calheiros eis que sai em sua defesa e inicia uma batalha medieval. Quando se chegava ao ápice da luta, mais um outrora master Sir é citado, Sir Fernando Collor que, colérico e irascível, pede a palavra e quixotescamente, enfuresce-se. A imagem não nega. O atual Sr Collor, se pudesse, teria cuspido fogo (ou feito como seu pai).

Das memórias do reino de Brazilianland e do condado de Brasília vós podeis não lembrar, mas elas não foram apagadas. O fatídico acontecimento de 1963 com o senador José Kairala (AC) voltou à tona - este levou três tiros de Arnon Afonso de Mello, pai do excelentísssimo Sir Collor. Como podeis ver, o crime em todas as suas instâncias está na veia do clã Collor. Com Arnon aconteceu o óbvio ululante, como diria Nelson Rodrigues, claro que perdeu o mandato, mas fora inocentado do assassinato pois juntaram-se a ele os 40 ladrões porque, vós bem sabeis que logra um famoso ditado por essas bandas - uma mão lava a outra.

No condado de Brasília tudo funciona sempre da mesma forma, o conto de fadas é cíclico. e o final é sempre conhecido Aqueles inocentados por assassinato e estes, perdoados por corrupção, formação de quadrilha, nepotismo e desvio de verba pública. E assim caminha a Brazilianland....

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