23 de novembro de 2008

Essas sacolas americanas me fascinam

Cada novo passo nesta cidade revela um mundo de possibilidades, desejos, imagens. sons etc.. Minha mais nova descoberta está nas sacolas. Cada vez mais personalizadas, as Carrying Bags recebem uma gama de adereços para ficar ainda mais usuais. Além de divertidas, muitas dela têm impactos positivos sobre o meio ambiente já que são feitas de material reciclável, substituindo o famigerado plástico ou o comumente usado papel para carregar as compras e as bugigangas nossas de cada dia. Enfim, as florestas agradecem!!!

A Tape Bag na loja da Virgin, na Times Square

E a "Greesponsible" Bag na loja da Estátua da Liberdade
Fotos: Sérgio Vieira

22 de novembro de 2008

Nova York ansiosa para "ver" Blindness

Saramago não é o melhor exemplo de uma leitura que se dev afazer a "toque de caixa". Cada palavra deve ser saboreada, degustada e muito bem refletida. Se você retornar o parágrafo e reler vai sentir uma segunda emoção que outrora nem havia percebido.

Assisti "Ensaio Sobre a Cegueira" dias antes de vir para Nova York e confesso que foi um tapa na cara. Em muitas cenas tinha a sensação de estar vendo o pior da consciência humana personificado em cada um daqueles personagens.

Logo que cheguei comentei com alguns nova iorquinos sobre o filme e minha surpresa foi maior ao saber que o longa de Fernando Meirelles era tão igualmente aguardado quanto fora para mim. O diretor brasileiro conseguiu captar a essência por trás de um livro complicado. Críticas a parte, qualquer adaptação tem que criar elementos para que o roteiro se encaixe na mídia que se propõe. São duas linguagens distintas que merecem tratamentos diferentes.




21 de novembro de 2008

Metropolitan Museum of Art


Entrada do Metropolitan

Nova York oferece uma gama de programas dos mais variados possíveis. Dos parques aos clubes de Jazz, da arquitetura tipicamente americana das primeiras décadas do século XX aos imensos arranha-céus onde se localizam os mais modernos escritórios da cidade, as galerias, os museus, gastronomia (não é à toa que em poucas semanas engoei 4 quilos), pode-se descobrir e ver de tudo em cada esquina. A Big Apple tem uma das vidas culturais mais ricas do planeta.

Na primavera, seus atrativos crescem. Passar uma semana na Big Apple, conhecendo o que há de melhor em arte e cultura não tem preço se realizado na mais interessante época do ano, a primavera. Em outubro, quando o verão já foi e deixou apenas as nostálgicas histórias, a folhagem no chão propicia um mundo a parte de cores e nos coloca em uma atmosfera bem idílica.

Quem assiste a filmes americanos bem sabe que nesta época do ano o inverno rigoroso não é realidade, mas já pode-se conferir uma prévia do frio que virá e o início do clima de fim de ano. Nem sinal da invasão de turistas para o período de festas, tornando Tribeca, Lower East Side, West End, Chelsea, Soho, Downtown e muitas outras regiões bem mais transitáveis.

Roteiro escolhido, museus, galerias, edifícios, amigos jornalistas americanos até então virtuais que se tornaram reais (e jornalistas brasileiros que aqui vivem também se tornaram reais) busca dar uma noção da variedade e vitalidade da cena cultural nova-iorquina. Em locais como o Metropolitan Museum of Art, Guggenheim Museum (visionária construção de Frank Lloyd Wright), o Moma (Museum of Modern Art) e o New Museum of Contemporary Art, desfrutaremos das obras dos grandes mestres do impressionismo e pós-impressionismo, das telas, esculturas, louças e móveis de períodos distintos da história da humanidade e ficaremos a par das últimas tendências do mundo das artes contemporâneas. Guggenheim eu já até apresentei, o que me decepcionou muito já que cheguei em um período de transiçào de exposições. Abaixo, as imagens do interior do Metropolitan, museu que pede uma entrada presumida de U$ 15 MAS QUE VOCÊ TURISTA PODE ESCOLHER QUANTO PAGAR. É muito comum em Nova York valores presumidos para a entrada dos museus e galerias, com a possibilidade de você escolher quanto quer pagar.

Obs: Eu paguei 10 dólares. : P



Sala das armas

Escultura da Idade Média

Reconstituição de uma antesala real



Vista do Palácio de Versalhes


Detalhe da Tela de Versalhes


Móveis da aristocracia americana

Exposição egípcia

Metropolitan Museum of Art - East Side - NY Foto: Sérgio Vieira

20 de novembro de 2008

Impressões de um holandês sobre São Paulo

Conversando com um holandês que esteve no Brasil, pude receber um dos mais belos relatos sa minha São Paulo, de uma forma que nem mesmo eu havia enxergado (e olha que tenho um olhar bastante crítico). Fiquei admirado com a riqueza de detalhes usada para descrever o que viu e sentiu andadno pelos bairros da capital paulistana.


"The city center doesn't seem to be where the nice parts are. It seems kind of dingy and dirty there, with congestion, narrow streets and street kids. The more vibrant and sophisticated areas are located in the west end of town. Avenida Paulista & Avenida 9 de Julho are two of the city's main axes, and the areas south and west of where they cross seem to be the most urban and chic (Consolacão, Bela Vista & Jardins are some names of those neighborhoods).

Higienopolis is a mostly Jewish area, also in the west end of town. Through New York probably tops it in terms of diversity, Sao Paulo is very ethnically diverse, with strong Portuguese, Italian, African, German, Jewish, Lebanese, Korean and Chinese communities (not an exhaustive list, to be sure). Most people seem to be a mix of more than one, and retain their separate identities while being Brazilian at the same time. There is certainly a strong sense of national identity here, with loads of Brazilian flagsa on t-shirts, sandals, hung on walls, etc. Besides, the US, Brazil is a diverse country, but its nice...kind of like home, but everyone seems happier and is way better looking, and the sense of nationalism doesn't freak you out as if a Nazi demonstration were about to occur.


PORTUGUESE

It's sort of a funny-sounding language, which I say with the utmost respect and affection. The Rs are like Hs, so Rio is pronounced Hee-Oh. Better still, is that they add a long E to the end of many works, and all foreign words seem to take this ending. For example, flat, iPod, and crowd, are all used in English done in Brazilian style, and are pronounced Flatchee, Ay-Pogee and crowdgee, respectively. I chuckle every time I hear one for the first time. But seriously, it's a very beautiful langauge, with soft sounds and a musical way of speaking, and many words have very rich meanings; that is, one word is used to mean lots of things.."

Achei a descrição sobre a língua portuguesa bastante intrigante, pois é o tipo de análise que um brasileiro não consegue fazer sobre seu próprio idioma.

6 de novembro de 2008

Barack Obama won!

É oficial: Barack Obama fez história ao ser eleito o 44 º Presidente dos Estados Unidos! Parabéns ao Presidente eleito Obama!

Ontem à tarde, conversando com meu amigo americano (importante citar que o mesmo vive em Los Angeles, portanto, pró-Obama sem questionamentos) fiquei surpreso com suas perguntas sobre o que os brasileiros estariam achando das eleições americanas. Ah, antes de começar a super-hiper-mega-histórica cobertura ao vivo das eleições, fiz um pequeno estoque de snacks low-calories, afinal, morar nos Estados Unidos engorda (e muito) e renovei o estoque das mil-e-uma-variedades-de-sucos, cocas e claro, beers.

Ao lado de um descendente daqueles super latinos, sorridente, me lembrei de uma conversa no supermercado com um atendente negro que me pediu um documento que mostrasse que realmente poderia comprar tudo os garotos de 21 anos. Nunca mostrei com tanta felicidade o meu passaporte cá em terras angelinas. Mas o melhor foi quando brincou: se tivesse mostradoum papel, plastificado, eu teria aceitado do mesmo jeito, não sei qual é o documento verdadeiro no Brasil. Rimos como se fôssemos velhos amigos. Muito estranho em se tratando de USA, meus caros!


Nos EUA, puxar papo político-eleitoral com um estranho é bem menos comum que no Brasil. Galera, essa merece um Muito estranho em se tratando de USA, meus caros - 2! Então me arrisquei: Fellow, I'm feeling pretty good about tonight. (Sabendo obviamente que, como latino, mais um pró-Obama estava diante de mim). Quando retrucou: I'm just hoping and praying.

Neste momento me tomou uma consciência do que realmente estava acontecendo neste país. Ao elegerem Barack Obama presidente da república, estavam não só votando por um homem, mas por um ideal, por mudanças, por igualdade, por justiça, por direitos. Um crítico do Neew York Times (que agora não lembro o nome) ousou dizer que a Guerra Civil americana entre o norte e o sul acabou apenas neste 5 de novembro, eu comecei a sentir o nó na garganta ao ouvir aquele latino.

Perguntei a ele: did you ever think you'd live to see the day?

Ele apenas me respondeu: no, I didn't, but it will arrive sooner than I thought.

É de se comemorar, por si só, o fim do regime que em menos de 10 anos vai entrar para a história dos Estados Unidos como o mais desastrado e mentiroso desta república. Fiquei extasiado ao ver nascer o primeiro estadista do século XXI, o discurso de vitória de Obama foi o de um verdadeiro estadista.

Mas ontem, o que marcou mesmo foi a falta de conhecimento dos americanos com relação ao resto do mundo para a receptividade de Obama. Ao ser perguntado se os brasileiros ficariam muito tristes se Obama perdesse, os americanos não tinham noção de que o mesmo é visto tanto pelas bandas tupiniquins quanto pelas outras bandas desse planeta como o salvador dessa administração que ganhará o limbo e nomeará Mr Bush o maior pária da história recente.

E comentaram: "acho que o mundo espera muito mais do que Obama poderá fazer, pois vocês todos estão esquecendo que a partir de hoje ele é o presidente dos ESTADOS UNIDOS... "
Neste ponto, eles estão certos.

Mas por enquanto, que tal nos juntarmos à festa da Dona Sarah Obama, lá pros lados do longínquo Quênia há alguns meses?


5 de novembro de 2008

Reconhece estes lugares?

Voce consegue nomear todos estes lugares??? Além de visitar o primeiro museu de maquetes turísticas do mundo, localizado em Cotia, você também poderá comprá-las. Uma iniciativa do escultor Adhemir Fogassa, que possui mais de trinta anos de experiência no ramo de maquetes.

A mais barata, entre as aqui colocadas, é a Elevador Lacerda, em Salvador, que custa SOMENTE 28 mil reais. Os mais caros são a Torre Eiffel e o Taj Mahal, que custam a bagatela de 105 mil reais. E aí, quer pagar quanto?
















Depois divulgo a lista completa dos monumentos

2 de novembro de 2008

Terremoto em Wall Street

Nenhum ser humano normal sabe explicar as razões que fizeram com que as bolsas pelo mundo despencassem e o dólar no Brasil disparasse. Para muitos, a bolha imobiliária e a falta de crédito ainda sào uma incógnita. Vou explicar com uma metáfora exatamente o que aconteceu com o touro de Wall Street.
Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões, sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos animais.

O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíramseu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria$20 por macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamenteà caça. Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeõesforam desistindo da busca. Então, a oferta aumentou para $25 e aquantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça, tal sua dificuldade. Aí, o homem anunciou que agora compraria cadamacaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seuassistente cuidando da compra dos macacos. Na ausência do homem, seuassistente disse aos aldeões:

- Olhem, todos estes macacos que o homem comprou, estão nestas jaulas.Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50, cada.

Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraramtodos os macacos do assistente. Eles nunca mais viram o homem ou seuassistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado financeiro?

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