Foto: Sérgio Vieira
Apesar de já ter passado temporadas esporádicas no exterior, ainda fico admirado como nós brasileiros nos achamos super liberais diante de uma série de assuntos que mexem com a sociedade – sejam eles de apelo religiosos ou não – mas principalmente aqueles ligados ao corpo e sua exposição, o que mostra como ainda somos bastante conservadores com essas questões.
Morar no Rio de Janeiro garante, em várias oportunidades, gastar o inglês, espanhol e francês com mais frequência que na minha querida São Paulo fora de situações estritamente profissionais. Nas últimas semanas, conversas com franceses, espanhóis, italianos, canadenses, americanos, israelenses e até os aqui conhecidos como gélidos britânicos, me evidenciaram como a apresentação (e exibição) do corpo é tão mais natural a eles do que a nós tupiniquins.
Exemplo disso foi uma colega europeia - que não vou dizer a nacionalidade para que os amigos que leem o blog não a identifique assim tão facilmente - que ficou surpresa ao ouvir que não poderia fazer topless em Ipanema, durante um dia de semana - ou seja, não estava lotada - num calor de quase 33º . Afinal, não são todas as mulheres do mundo que adoram a marquinha do biquini.
- Não é de Ipanema que sai a maioria do que será tendência na moda carioca?
- Sim.
- E não posso fazer topless? É tão comum e natural na Europa.
- Desculpa, não pode. Não é costume, nem hábito nas praias cariocas.
Ela concordou (não podia fazer mesmo outra coisa) e a conversa seguiu rumos filosóficos passando por exposição do corpo no Carnaval e o quão difere a imagem externa da democracia ultraliberal brasileira e a realidade.
Lembrei-me dessa conversa, após ler o texto do colega Ivan Martins, da Época. (In)felizmente, o diálogo que tive com essa amiga europeia valida cada parágrafo do texto do Ivan.
Morar no Rio de Janeiro garante, em várias oportunidades, gastar o inglês, espanhol e francês com mais frequência que na minha querida São Paulo fora de situações estritamente profissionais. Nas últimas semanas, conversas com franceses, espanhóis, italianos, canadenses, americanos, israelenses e até os aqui conhecidos como gélidos britânicos, me evidenciaram como a apresentação (e exibição) do corpo é tão mais natural a eles do que a nós tupiniquins.
Exemplo disso foi uma colega europeia - que não vou dizer a nacionalidade para que os amigos que leem o blog não a identifique assim tão facilmente - que ficou surpresa ao ouvir que não poderia fazer topless em Ipanema, durante um dia de semana - ou seja, não estava lotada - num calor de quase 33º . Afinal, não são todas as mulheres do mundo que adoram a marquinha do biquini.
- Não é de Ipanema que sai a maioria do que será tendência na moda carioca?
- Sim.
- E não posso fazer topless? É tão comum e natural na Europa.
- Desculpa, não pode. Não é costume, nem hábito nas praias cariocas.
Ela concordou (não podia fazer mesmo outra coisa) e a conversa seguiu rumos filosóficos passando por exposição do corpo no Carnaval e o quão difere a imagem externa da democracia ultraliberal brasileira e a realidade.
Lembrei-me dessa conversa, após ler o texto do colega Ivan Martins, da Época. (In)felizmente, o diálogo que tive com essa amiga europeia valida cada parágrafo do texto do Ivan.
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