Estava aqui cá pensando com meus botões. Sempre gostei de assistir a alguns tipos de novelas, principalmente aquelas que tivessem como cenário principal a cidade. Por quê? Seria eu um dos CHATOS DA GLÓRIA PERES que gosta d ter um pé na realidade? De certo forma, acho que sim. Desde que me entendo por gente, cresci assistindo às produções brasileiras e discutindo nos mais diversos locais quem é o assassino de "A Próxima Vítima"? Quem explodiu o shopping? O filho da Maria Eduarda vai ficar com ela ou com a Helena? Por aí vai...
Me lembro que estava no Nordeste, tinha que ir a uma região que não tinha eletricidade na ocasião da exibição do último capítulo de A Próxima Vítima e adiei por alguns dias só para ver a cena ao mesmo tempo que todo mundo. Detalhe: Eu tinha uns 14 ou 15 anos nessa época...
Quando assisto a novelas gosto de me sentir minimamente retratado em qualquer parte daquele enredo. Tenho até os meus autores favoritos - Silvio de Abreu, Manoel Carlos, Gilberto Braga, Carlos Lombardi - não necessariamente nessa mesma. Claro que há outros, mas se você prestar atenção aos nomes citados, verá que todos têm um pé (ou o corpo todo) dentro do que apelidei aqui mesmo neste post de minimamente real.
Não gosto de novela de época, mesmo sendo um fã ardoroso de História. Pode ser uma opinião muito singular, mas este tipo de enredo se encaixa muito mais em seriados e miniséries - estas sim, sigo sempre que possível. Outro ponto que me irrita são as viagens do realismo fantástico que algumas tramas adquirem. Só pra dar dois exemplos, o Guma andava sobre as água em Porto dos Milagres e a Eva Vilma apareceu no céu após sua morte em A Indomada. Precisa disso mesmo?
Claro, posso também dar dois exemplos dessas loucuras repentinas dos roteiristas bem-sucedidas. Em Mulheres de Areia o "Da Lua" voava, mas o personagem tinha um quê de singular e a novela era tão bem escrita e amarrada que o contexto permitia. E a inesquecível Fera Ferida, cair ouro do céu ou destruir a praça principal para pegar os ossos do antigo cemitério indígena para transformá-los em ouro são cenas que já fazem parte do imaginário do povo brasileiro.
Atualmente, como estou trabalhando no horário da novela das oito, tenho um gap das últimas novelas. Entretanto todas têm me parecido muito chatas. Eu sou um defensor do gênero, se parece o oposto estou logo me justificando, mas novela, na minha humilde opinião, tem que mostrar a realidade do povo a que serve de "diversão".
Eu sou um crítico ardoz do lema de Hollywood de que "filmes não são para ensinar, e sim para entreter", é possível sim proporcionar diversão ensinando, mas se tiver calcada no real, aí sim, vai fazer muito bem o seu papel de divertir a população, retratar sua realidade e o melhor de tudo, ensinar.
Me lembro que estava no Nordeste, tinha que ir a uma região que não tinha eletricidade na ocasião da exibição do último capítulo de A Próxima Vítima e adiei por alguns dias só para ver a cena ao mesmo tempo que todo mundo. Detalhe: Eu tinha uns 14 ou 15 anos nessa época...
Quando assisto a novelas gosto de me sentir minimamente retratado em qualquer parte daquele enredo. Tenho até os meus autores favoritos - Silvio de Abreu, Manoel Carlos, Gilberto Braga, Carlos Lombardi - não necessariamente nessa mesma. Claro que há outros, mas se você prestar atenção aos nomes citados, verá que todos têm um pé (ou o corpo todo) dentro do que apelidei aqui mesmo neste post de minimamente real.
Não gosto de novela de época, mesmo sendo um fã ardoroso de História. Pode ser uma opinião muito singular, mas este tipo de enredo se encaixa muito mais em seriados e miniséries - estas sim, sigo sempre que possível. Outro ponto que me irrita são as viagens do realismo fantástico que algumas tramas adquirem. Só pra dar dois exemplos, o Guma andava sobre as água em Porto dos Milagres e a Eva Vilma apareceu no céu após sua morte em A Indomada. Precisa disso mesmo?
Claro, posso também dar dois exemplos dessas loucuras repentinas dos roteiristas bem-sucedidas. Em Mulheres de Areia o "Da Lua" voava, mas o personagem tinha um quê de singular e a novela era tão bem escrita e amarrada que o contexto permitia. E a inesquecível Fera Ferida, cair ouro do céu ou destruir a praça principal para pegar os ossos do antigo cemitério indígena para transformá-los em ouro são cenas que já fazem parte do imaginário do povo brasileiro.
Atualmente, como estou trabalhando no horário da novela das oito, tenho um gap das últimas novelas. Entretanto todas têm me parecido muito chatas. Eu sou um defensor do gênero, se parece o oposto estou logo me justificando, mas novela, na minha humilde opinião, tem que mostrar a realidade do povo a que serve de "diversão".
Eu sou um crítico ardoz do lema de Hollywood de que "filmes não são para ensinar, e sim para entreter", é possível sim proporcionar diversão ensinando, mas se tiver calcada no real, aí sim, vai fazer muito bem o seu papel de divertir a população, retratar sua realidade e o melhor de tudo, ensinar.
Um comentário:
99% de acordo Sesé, apenas uma ressalva:
O que seria um 'crítico ardoz'?????
abs!
Postar um comentário