Numa vitória surpreendente e histórica para o cinema brasileiro, Tropa de Elite, o controvertido filme de José Padilha, ganhou a 58ª edição do Festival de Berlim, trazendo o importante Urso de Ouro para a produção nacional, exatos dez anos depois de Central do Brasil, de Walter Salles, ganhar o mesmo prêmio na mesma Berlinale. O documentário americano Standard Operating Procedure, de Errol Morris, ficou com o Urso de Prata.
O resultado pode ser considerado uma surpresa pelo fato de Tropa de Elite ter sido relativamente mal recebido no festival, em especial pela imprensa estrangeira, que repetiu algumas críticas feitas também no lançamento nacional de que o filme seria politicamente questionável no seu retrato das violentas desigualdades na sociedade brasileira.
Obviamente, o júri, presidido pelo cineasta greco-francês Costa Gavras, pensou diferente, destacando Tropa de Elite no lugar de candidatos fortes como o americano Sangue Negro, que concorre ao Oscar com oito indicações, ou a comédia humana Happy Go Lucky, que agradou a muitos em Berlim.
“Gostaria de agradecer em todas as línguas, e Costa Gavras é um herói para quem faz cinema na América Latina”, disse Padilha no palco do Berlinale Palast, ontem à noite. Perguntado se o prémio poderá mudar o filme perante as pessoas no Brasil, Padilha disse “o filme não muda, ele continua o mesmo”.
Sangue Negro ficou com dois prêmios, Melhor Diretor para Paul Thomas Anderson, e Melhor Trilha Sonora. O México ficou com o prêmio Alfred Bauer, por inovação artística, para Lake Tahoe, de Fernando Eimbcke. Melhor ator foi para Avaze Gonzeshk, do Irã, no filme The Song of Sparrows. A inglesa Sally Hawkins ganhou Melhor Atriz por Happy Go Lucky. O brasileiro Mutum, de Sandra Kogut, exibido fora da mostra oficial, ganhou a menção especial na seção paralela Generation
O resultado pode ser considerado uma surpresa pelo fato de Tropa de Elite ter sido relativamente mal recebido no festival, em especial pela imprensa estrangeira, que repetiu algumas críticas feitas também no lançamento nacional de que o filme seria politicamente questionável no seu retrato das violentas desigualdades na sociedade brasileira.
Obviamente, o júri, presidido pelo cineasta greco-francês Costa Gavras, pensou diferente, destacando Tropa de Elite no lugar de candidatos fortes como o americano Sangue Negro, que concorre ao Oscar com oito indicações, ou a comédia humana Happy Go Lucky, que agradou a muitos em Berlim.
“Gostaria de agradecer em todas as línguas, e Costa Gavras é um herói para quem faz cinema na América Latina”, disse Padilha no palco do Berlinale Palast, ontem à noite. Perguntado se o prémio poderá mudar o filme perante as pessoas no Brasil, Padilha disse “o filme não muda, ele continua o mesmo”.
Sangue Negro ficou com dois prêmios, Melhor Diretor para Paul Thomas Anderson, e Melhor Trilha Sonora. O México ficou com o prêmio Alfred Bauer, por inovação artística, para Lake Tahoe, de Fernando Eimbcke. Melhor ator foi para Avaze Gonzeshk, do Irã, no filme The Song of Sparrows. A inglesa Sally Hawkins ganhou Melhor Atriz por Happy Go Lucky. O brasileiro Mutum, de Sandra Kogut, exibido fora da mostra oficial, ganhou a menção especial na seção paralela Generation
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