19 de abril de 2008

Efeito Isabella

Dia de plantão na redação. Tudo calmo até a hora do almoço. Resolvi dar uma volta em um supermercado para aproveitar e comprar algumas coisas que precisava. Foi inevitável não reparar no número de crianças que corria de um lado para o outro, deixando a maioria dos pais (quase sempre, as corajosas mães) de cabelo em pé.
Durante meu lanche, um pai pede para divirdirmos a mesa já que estava muito lotado o local, concordei pois assim, poderia praticar algo que "pouco" faço: bater papo. Depois de perguntas de ambos os lados, fiquei observando (como bom jornalista) o comportamento deste pai que escutava na TV sobre o caso Isabella e não pude deixar de reparar como ele agia afetivamente com seu filho. Até demais, por sinal.
Só nesse momento me deu um insight - minha vizinha também passou a tratar a filha dela bem melhor nas últimas semanas - com carinho redobrado, sem falar nas várias vezes que presenciei mães chorando ao escutar sobre a morte da pequena Isabella.
Uma jornalista passou a ligar muito mais do que de costume para sua casa a fim de saber como seu filho está. Outro dia, no auge da cobertura Isabella, o menino caiu na escolinha e machucou a boca. Não sei ao certo quantas vezes ela ligou para ter notícias atualizadas sobre o estado do garoto, mas foram diversas chamadas em pouquíssimas horas.

Enfim, parece que os cuidados com os pequeninos aumentaram nesses dias. Muito bom seria se esse efeito Isabella durasse a vida toda, pois é difícil acreditar que o pai (Alexandre Nardoni) tenha deixado a madrasta (Anna Carolina Jatobá) cometer tamanho crime com a menina. Foi inevitável expressar minha opinião no final desse post. Afinal, jornalista também é de carne e osso.

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